MOMENTO MUSICAL DE ADORAÇÃO

domingo, 21 de junho de 2009

ESTRANHA VOCAÇÃO

Recentemente estive em um culto missionário, onde a Palavra de Deus fora pregada poderosamente e lindos hinos foram entoados e narradas ali várias experiências missionárias. Até que a festa fora bonita.
Mas fiquei preocupado com um fato alarmante!Como facilmente pode ser comprovado nos seminários, muitos estão se preparando para irem ao campo missionário no exterior, onde concordo plenamente que almas estão carecendo da Palavra de Deus. Eu até louvo esse desejo de ir ao campo missionário no exterior. Porém, o que me preocupa é fato de que muitos estão preocupados com as almas que estão em outras regiões do planeta, e estão se esquecendo das almas que estão aqui mais perto de nós...

Na verdade. Não entendo a vocação missionária de alguém que não se importa com a salvação de seu vizinho, seu colega, seu amigo e até mesmo seu parente. Como posso me importar com almas de pessoas que estão no outro lado do planeta,outra cultura,outra etnia, se não me importo coma salvação de meu vizinho,que cresceu comigo,até mesmo estudou na mesma escola que eu,brincamos juntos na infância?De meu parente, a quem sou unido por laços sanguíneos?Pessoas que falam a mesma língua que eu, que vivem ao meu redor?
Acredito que esse pessoal que está ai, querendo ir para a China ou para o Afeganistão, fazer uma obra missionária que eu não entendo bem como poderá ser possível ser feita, ao passo que a obra aqui na vizinhança e na parentela dessa pessoa “vocacionada” está ai precisando ser feita. E com urgência
A não ser que talvez agora exista intercambio missionário na obra de Deus, tipo assim, “eu vou para o Afeganistão levar a Palavra lá, enquanto Deus trará um afegão para pregar para meu parente e meu vizinho aqui... Aquele tipo de coisa que lembra troca de favores, ou coisa parecida!

Será que estou sendo irônico aqui, ou estou apresentando uma realidade nua e crua, que aflige nossas igrejas, que acabam tendo que arcar com tais obras missionárias. Nos cultos missionários até são apresentados lindos relatórios, enriquecidos por experiências um tanto obscuras e duvidosas (outro dia ouvi um dizer que em um lugar onde ele foi como missionário, ele enfrentou uma bruxa que voava literalmente em uma vassoura piaçava. E os ouvintes deliravam ao ouvir a narrativa do “testemunho”)... Mas, como eu dizia, até que vemos a apresentação de lindos relatórios, e não que eu duvide, mas será que o relatório representa a verdade?
Se sim, ainda valerá à pena enviar esse pessoal que se esquece da salvação até da mãe, mas diz se importar com o pessoal do outro mundo cultural. Afinal, uma alma vale muito, e se o “vocacionado” foi lá e ganhou apenas uma, já está de bom tamanho.
E tem outra coisa... A maioria dos vocacionados dizem ter chamada para países de primeiro mundo, tipo EUA, Inglaterra, Itália, Portugal, Japão, Suíça, países tidos como paraísos fiscais, onde o dólar e o Euro corre solto. Na vocação dessa gente não existe chamada para África, China, Vietnã, Afeganistão, Índia, países onde a miséria cultural, econômica e espiritual estão lá, de forma marcante.

A questão que quero atingir aqui é essa: O que estamos pensando que é a verdadeira obra missionária? Alguma maneira religiosa de fazer turismo? Ou será que virou um maneira de fugirmos da obra de Deus em nossa própria terra natal?
Será que os chineses estão mais carentes da pregação da Palavra de Deus e da salvação do que o meu parente bêbado e viciado? Será que a macumbeira que mora ao lado de casa é menos carente da salvação que o afegão que está lá planejando algum ataque terrorista? Será que aquela antiga colega da escola, que vive agora na prostituição, precisa menos de salvação do que aquela mulher que se prosta diante de Maomé, lá na Índia?
A Bíblia me diz que todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus, de uma forma igual. E o IDE de Jesus é definitivamente para “TODAS AS CRIATURAS”, o que inclui os orientais, os africanos, os asiáticos, mas também o meu próprio povo.
Não quero desvalorizar a obra nos outros países, mas quero alertar para um fato que deveria ser observado pelo pessoal que envia esses “vocacionados” pelo mundo a fora... Se o vocacionado falhar na evangelização em meio de seu próprio povo, a quem o vocacionado é ligado desde que nasceu ele difilcimente será bem sucedido na obra nos outros meios culturais, em meio a outros povos.

Afinal, que tipo de missionário de fundo de quintal é esse que quer ir para o outro lado do planeta ganhar a alma de estranhos para Deus enquanto seus pais e seus irmãos estão ai, indo a longos passos para o Inferno?
Pastores, atentem a observar a conduta desse pessoal vocacionado com relação a sua própria gente. Já tem um tempo que um vocacionado desse me apareceu, querendo meu apoio para ir para Lisboa, “levar a mensagem de Deus aquele povo”.
Questionei a ele sobre a salvação da mãe dele, que tem problemas com bebida. Ele teve a capacidade de me dizer que “aquela ali Deus já tinha destinada a perdição e que pregar para ela era algo inútil”. Ele demonstrava “preocupação espiritual” pelos europeus e portugueses, enquanto condenava a mãe, que o gerou, ao inferno. Que sucesso missionário este “homem de Deus” poderia ter em Lisboa ou em qualquer outra parte do mundo?
Conheço um irmão, muito dedicado, que viajava para pregar o Evangelho. Ele estava numa aldeia indígena em Rondônia, e questionava com Deus a cerca de sua chamada, pois ele pregava tanto e ninguém decidia por Cristo, embora ele visse que as pessoas tinham vontade de se entregar. De repente, ali mesmo, Deus fala com ele: “Tu não verás uma única entrega enquanto você não evangelizar seus vizinhos lá em Vitória”. Somente depois de voltar a sua cidade, e evangelizar todos os moradores de sua rua, ele passou a ver sucesso na sua obra.

Em Atos 1.8b, é esclarecido que a pregação seguiria uma lógica: “e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.”.
Isso que dizer que é vontade de Deus que se pregue na China, no Afeganistão, na Nigéria, Etiópia, Portugal, USA, em toda a parte. Mas se deve começar por Jerusalém, que representa a nossa própria comunidade. Se estendendo a Judéia, que representa nosso estado, e também a Samaria, que representa os demais estados de nossa nação, para ai podermos atingir com êxito os confins da Terra, as demais nações.
Seu vizinho, seu parente, seu colega de trabalho, seu amigo precisa também ser salvo. Não queira salvar um e deixar o outro. Não comece errado. Deus te fará estar na posição em qualquer canto do mundo. Eu até acredito que temos chamadas para outras nações. O que eu não acredito é em sucesso em outra nação se falharmos aonde vivemos. Ficaríamos sem referencia. O que diríamos lá?
Que estamos ali para levarmos a salvação ao povo dali enquanto deixamos o nosso próprio povo perecer?
Acorda vocacionado e acerta teu altar! Deus te ama, quer te usar, mas faça certo!
Essa história de que profeta de casa não tem honra não justifica o abandono dos teus entes queridos. Pregue para eles. Faz a tua parte, e Deus cuidará do resto!
Fazendo assim, certamente você terá maior chance de sucesso na obra missionária!

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Milton Rabayoli
pastor interino

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